quarta-feira, maio 28, 2008



Sicko - $O$ Saúde
(EUA/2007)
Documentário
Direção: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
Elenco: Michael Moore (Ele mesmo! - o cara tem mais utilidades que um Bombril! rs)


Michael Moore tem feito carreira em cima de documentários controversos. Desde que estourou na mídia com o excelente “Tiros em Columbine”, em que criticava o fascínio dos americanos por armas de fogo, o diretor tem sempre procurado algum assunto polêmico para “cutucar a ferida” de seu país. Seu filme seguinte, “Farenheit 11 de Setembro”, não alcançou o sucesso esperado, mas agora ele novamente parece ter acertado o alvo. Em “SOS Saúde”, Moore critica o sistema de saúde norte-americano, com planos de saúde caros e um sistema público falido, comparando-o com o modelo adotado em outros países desenvolvidos, como
Canadá e França. “SOS Saúde” foi eleito melhor documentário do ano de 2007 por várias associações de críticos e merece ser assistido.

quinta-feira, maio 01, 2008

SOBRE A LIBERDADE
-Albert Einstein


Sei que é inútil os juízo de valores fundamentais. Se alguém aprova como meta, por exemplo, a eliminação da espécie humana da face da Terra, não se pode refutar esse ponto de vista em bases racionais. Se houver porém concordância quanto a certas metas e valores, é possível discutir racionalmente os meios elos quais esses objetivos podem ser atingidos. Indiquemos, portanto duas metas com que certamente estarão de acordo quase todos os que lêem estas linhas

1. Os bens instrumentais que servem para preservar a vida e a saúde de todos os seres humanos devem ser produzidos mediante o menor esforço possível para todos.

2. A satisfação de necessidades físicas é por certo a precondição indispensavel de uma existência satisfatória, mas em si mesmas não é suficiente. Para se realizar, os homens precisam ter também a possibilidade de desenvolver suas capacidades intelectuais e artísticas sem limites restritivos, segundo suas características e aptidões pessoas.

A primeira dessas duas metas exige a promoção de todo conhecimento referente às leis das natureza e dos processos socias, isto é, a promoção de todo esforço científico. Pois o empreendimento científico é um todo natural, cujas partes se sustentam mutuamente de uma maneria que certamente ninguém pode prever.

Entretanto, o progresso da ciência pressupõe de comunicação irrestrita de todos e julgamentos - liberdade de expressão e ensino em todos os campos do esforço intelectual. Por liberdade, entendo condições socias, tais que, a expressão de opiniões e afirmações sobre questões gerais e particulares do conhecimento não envolvam perigos ou graves desvantagens para seus atos. Essa liberdade de comunicação é indispensável para o desenvolvimento e a ampliação do conhecimento científico, aspecto de grande importância prática. Em primeiro lugar, ela deve ser assegurada por lei. Mas as leis por si mesmas não podem assegurar a liberdade de expressão; para que todo homem possa expor suas idéias sem ser punido, deve haver um espírito de tolêrancia em toda a população. Tal ideal de liberdade externa jamais poderá ser plenamente atingido, mas deve ser incansavelmente perseguido para que o pensamento científico e o pensamento filósofico, e criativo em geral, possam avançar tanto quanto possível.

Para que a segunda meta, isso é, a possibilidade de desenvolvimento espiritual de todos os indivíduos, possaser assegurada, é necessário um segundo tipo de liberdade externa. O homem não deve ser obrigado a trabalhar para suprir as necessidades da vida numa intensidade tal que não lhe restem tempo nem forças para as suas atividades pessois. Sem este segundo tipo de liberdade externa, a liberdade de expressão é inútil para ele. Avanços na tecnologia tornariam possivel esse tipo de liberdade, se o problema de uma divisão justa do trabalho fosse resolvido.

O desenvolvimento da ciência e das atividades criativas do espírito en geral exige ainda outro tipo de liberdade, que pode ser caracterizado como liberdade interna. Trata-se daquela liberdade de espírito que consiste na indepêndencia do pensamento em fase das restrições de preconceitos autoritários e sociais, bem como, da "rotinização" e do hábito irrefletidos em gerla. Essa liberdade interna é um raro dom da natureza e uma valiosa meta para o individuo. No entanto, a comunidade pode fazer muito para favorecer essa conquista, pelo menos deixando de interferiri no desenvolvimento. As escolas, por exemplo, podem interferir no desenvolvimento da liberdade interna mediante influencias autoritarias e a imposição de cargas espirituais aos jovens excessivas; por outro lado, as escolas podem favorecer essa liberdade, incentivando o pensamento independente. Só quando a liberdade externa e interna são constantes e conscienciosamente perseguidas há possibilidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento espiritual e, portanto, de aproximar a vida externa e a interna do homem