quarta-feira, novembro 12, 2008

Para dois pesos, duas medidas. Por isso é necessário exclarecer que as expressões "meio de comunicacão em massa" e "cultura de massa" não são sinônimas. Ainda que quando que mencionadas, uma siga a outra automaticamente.
A cultura de massa depende dos meios de comunicacão em massa para se tornar possível. Mas o contrário não é verídico. A mesma não passou a existir de imediato com a criacão dos tipos móveis de imprensa (feitos por Gutemberg no séc. XV). Mesmo com a possibilidade criada pelos novos meios, de reproducão ilimitada dos textos da época, o consumo ainda era limitado à uma elite letrada.
Alguns estudiosos nos apontam o surgimento da cultura de massa junto ao dos primeiros jornais. Outros, porém, exigem também, para que haja a caracterizacão desse tipo de cultura, o surgimento dos romances de folhetim - divididos em episódios, para amplo público, uma arte fácil que servia de esquema simplificador, para tracar o modelo de vida da época (qualquer semelhanca com as telenovelas de hoje não é mera coinscidência).
Junto aos outros elementos que caracterizaram essa cultura durante a segunda metade do século XIX na Europa, o teatro revista (forma massificada e simplificada do teatro) a opereta (idem em relacão à opera) e o cartaz (massificacão da pintura), todos possuem um dos mais importantes elementos para caracterizacão dessa: o fato de não serem feito por aqueles que a consomiam.

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